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Desculpe o transtorno mas estou pensando no que estou mudando no Brasil

19 de June de 2013

Você deixa as pessoas de fora da sua brincadeira, do seu governo, do seu conceito de solidariedade e humanidade. Você fecha os vidros blindados na cara deles, passa comendo pastel da feira e quando eles pedem 1 real diz que não tem (eu tbém faço isso), não dá habitação, comida, educação, transporte então… Pra ir de onde pra onde? Fazer o que? Trabalhar? É só pra pobre ir trabalhar que transporte público existe?

Aí espera que eles entendam manifestos e protestos, que saibam diferenciar certo e errado.

Vi num video: “CHEGOU A NOSSA HORA”. Eu não sei, mas acho que não chegou, que só deixaram esses pobres infelizes tirarem no nariz da poça de merda pra ver o que existe dentro das Casas Bahia, e que logo em seguida vão achar um jeito de deixarem eles ali, de fora.

Sei lá. Fico indo nas manifestações e no fim das contas vejo a coisa se reproduzindo: uma imensa maioria de gente que acredita e quer mudanças mas não tem poder pra isso, um estado que não sabe agir/pensar/decidir/falar, uma minoria bandida que faz o que quer, uma segunda minoria que acha que o dia deles chegou (mas vão continuar excluídos).

Andei falando com muita gente, que pensa muita coisa boa, radical, ingênua e medrosa. E decidi que vou continuar indo às manifestações, mas vou olhar mais, pensar mais e postar menos a respeito.

Porque eu não sei mesmo o que tá acontecendo, mas quando eu achar que eu sei eu falo. Eu espero, com que seja uma coisa boa, que seja o despertar de alguma consciência de coletividade.

Que pelo menos, a gente perceba que no fim das contas tá no mesmo barco.

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